terça-feira, 13 de novembro de 2007

Um dia nas pampas com os Gaúchos

Mais um passeio pelos arredores de Buenos Aires desta feita a San António de Areco, uma terreola que parece estar a um mundo de distância de Buenos Aires (na verdade é só a 2 horas de caminho). Areco é uma vila tranquila, verde por todo lado, óptima para um descanso da enorme confusão da capital. Soubemos por umas colegas da LIFE que o domingo passado era o Dia da Tradição, algo que só se passava uma vez por ano e pensámos: porque não?

O dia começou logo bem, porque como verdadeiras portuguesas que somos achámos (ao contrario da francesa e das canadianas que também iam) que não era preciso comprar o bilhete antes, que comprávamos domingo de manhã...Claro que não foi bem assim, estava esgotado (mas não abortámos), lá conseguimos para duas horas depois, mas perdemo-nos das outras jovens. Aproveitamos o tempo morto para ir a San Telmo que vocês já conhecem, certo? Certo. Todos os domingos há uma feira e neste havia uma diferente, com barracas do mais estranho possível, tipo museu vivo, um concurso qualquer de originalidade...na verdade um verdadeiro freak show.


Depois de mais uma odisseia para arranjar moedas para o “colectivo” (esqueci-me de contar esta particularidade, os autocarros funcionam lindamente, organizados, chegam a todo o lado... mas só se pode comprar um bilhete de cada vez, $0.80, só em moedas, só no autocarro. Ora ninguém tem moedas, ninguém troca em lado nenhum, temos que andar a comprar parvoíces para arranjar trocos) e lá fomos para o terminal e daí para Areco.

Depois de muito caminharmos lá encontrámos a fiesta, os gaúchos (os cowboys cá do sitio) vestidos a rigor, verde a perder de vista cavalos e mais cavalos e claro, consequentemente muita bosta de cavalo (um cheiro que nos acompanhou todo o dia). Chegámos com fome e estávamos convencidíssimas que ali se comeria bem. Procurámos um sitio para sentar, com um banquete, mas só encontrámos umas bancas do género bifanas e cerveja e também não nos pareceu mal até nos darem um pedaço de carne enorme inteiro e muito pão. Ninguém parecia atrapalhado, todos tinham a faquinha presa no cinto e pareciam fazer aquilo todos os dias. Estas duas jovens, pouco habituadas e sem faquinha, resolveram pedir ajuda ao jovem da banca...este deu-nos um facalhão enorme e virou costas. A carne era tão rija, que nem à faca, nem ao dente...rimo-nos do ridículo (e os locais que lá estavam também) e desistimos, até porque a fome entretanto passou.

Aqui está uma frase que me disseram ontem que acho que até vem a a calhar...“A sabedoria dos homens é proporcional não à sua experiência mas à sua capacidade para adquirir experiência” George Bernard Shaw

Bom...neste caso aprendemos como vivem os locais e aprendemos também que para a próxima ou levamos uma faca ou ficamo-nos pelas empanadas :p



Mais fotos....

Jantar de tugas lá em casa

Av de Mayo

Esmeralda Otero

4 comentários:

Unknown disse...

Vem-me buscar a Lisboa....!! Please! LoL Beijos! miss u babe!

S. disse...

tu vais acabar o voluntariado a REBOLAR....carrrne...empadas!
olha e um aregntino para MOI????
a proposito faço anos hoje.
;)

beijo da sempre PG
(é mais giro do que dizer GASTA...dá mau aspecto)

Unknown disse...

Hey little suzy!
Tá decidido....a minha prenda de Natal para ti...um canivete suiço pa quando tiveres xixa pa comer e te encontrares sem ferramentas!

Have very nice fun!
Beijão!
***

Unknown disse...

Os colectivos são um clássico.
Não estava a imaginar o sítio do bife e dos vaqueiros nada assim tipo pista para jogar à petanca lol imaginava uma coisa com muito pó, muitos currais e muita bosta! ;)
Por cá o incidente do rei de espanha com o presidente da venezuela tem dado pano para mangas como uma grande crise diplomática. Aí se calhar nem se fala..?

Beijinho e tudo de bom!